4 de fev. de 2013

11 A NOVA JERUSALÉM



A esperança de Abraão estava centralizada na realização da vida numa cidade: Hebreus 11:10 – “Porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador". Vemos em Hebreus 11:16 que essa era a esperança não só de Abraão, mas também de outros santos do Antigo Testamento: Hebreus 11:16 – “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade". Observa-se que a esperança desses heróis da fé, de acordo com esse versículo, era uma cidade celestial. A mesma cidade celestial é descrita em detalhes em Hebreus 12.22-24, em que é chamada Jerusalém celestial.

Hebreus 12:22-24 – “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.”

Em Gálatas 4.26, em que é chamada "Jerusalém lá de cima", Apocalipse 3.12, em que é chamada "cidade do meu Deus [de Cristo]" e "nova Jerusalém", e Apocalipse 21.2, em que é chamada "cidade santa, a nova Jerusalém", e Apocalipse 21.10, em que é chamada "grande e elevada montanha,.. a santa cidade, Jerusalém", ela é vista claramente como o lugar da realização de todas as esperanças dos santos da igreja.
Sem dúvida essa é a morada eterna dos santos, da igreja do Senhor.


11.1 O NOVO CÉU, A NOVA TERRA E A NOVA JERUSALÉM

Após a dissolução do céu e da terra atuais, que passarão por um estrepitoso estrondo (Ap 20:11; 2 Pe 3:10), no fim do milênio, Deus criará um novo céu e uma nova terra (Is 65.17; 66.22; 2Pe 3.13; Ap 21.1).
Por meio de um ato definido de criação, Deus faz surgir um novo céu e uma nova terra. Neste momento a cidade santa, a nova Jerusalém (celestial) desce e se insere (entroniza) num novo espaço, sim, no novo céu e na nova terra. A nova Jerusalém irá descer do espaço e se acoplará na nova terra criada por Deus.

Apocalipse 21:1-2 – “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo”.

Então será eternamente verdadeiro: Apocalipse 21:3 – “...Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles”. A criação do novo céu e da nova terra é o ato preparatório final que antecipa o reino eterno de Deus. Agora é verdade que Deus tem um reino no qual "habita justiça" (2Pe 3.13).

2 Pedro 3:13 – “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.

Nesses novos céus e nessa nova terra, junto com a nova Jerusalém celestial, habitará a Justiça. Serão totalmente desapropriados de qualquer injustiça que outrora existia nos céus e na terra antiga.
Já se demonstrou a partir de passagens como Apocalipse 21.3 que o Senhor Jesus Cristo habitará com os homens na nova terra no reino eterno. Já que as Escrituras revelam que a igreja estará com Cristo, conclui-se que a morada eterna da igreja também será na nova terra, na cidade celestial, Nova Jerusalém, preparada especialmente por Deus para os santos.
Tal relacionamento seria a resposta da oração do Senhor aos que Deus Lhe concedeu: João 17:24 – “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste". Já que a glória eterna de Cristo será manifestada no reino eterno, no Seu governo eterno, é natural que a igreja esteja presente para contemplar a glorificação de Cristo para sempre.


11.2 A NOVA JERUSALÉM E A SUA GLÓRIA

Apocalipse 21:9-11 – “Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina”.

Apocalipse 21:19-24 – “Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista. As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente. Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória”.

Apocalipse 22:3 – “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão”,

É praticamente impossível descrever quão maravilhosa será a cidade santa, a Nova Jerusalém. Não existe nada neste mundo a que se possa compará-la. Sua beleza está acima de qualquer coisa que vimos nesta terra.
Poderemos destacar algumas considerações descritas nas Escrituras sobre a Cidade Santa.

·      Não haverá mais maldições (Ap 22:3; Ap 21:27) – Isto é, não haverá mais pecado, o que resultará em uma santidade perfeita. Pois foi o pecado que trouxe toda sorte de maldições. Gn 3:17.
·      Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22:3) – Na Cidade Santa o Senhor exercerá um governo perfeito. De lá sairão todas as decisões, pois, lá se encontrará o trono de Deus.
·      O Senhor fará da cidade a sua própria morada (Ap 21:3; Ap 22:3)
·      A Cidade é composta com uma comparação de tudo que é de mais precioso na terra (Ap 21:11-21)
·      Nela estará a glória de Deus (Ap 21.11,23; Ap 22.5).
·      Nela não haverá noite (Ap 21:25; Ap 22:5)
·      A luz do Senhor a iluminará (Ap 21:23; Ap 22:5)
·      Ela será o centro do reino eterno (Ap 21:26; Ap 22:5)
·      Ela iluminará todos os povos que irão trazer a sua glória (Ap 21:24,26)


11.3 A GLÓRIA DOS SANTOS

Mateus 13:43 – “Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça”.

Daniel 12:3 – “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente”.

Apocalipse 22:3-5 – “...Os seus servos o servirão”, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos”.

1 Coríntios 2:9 – “mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.

As Escrituras nos mostram alguns relances da vida no reino eterno. Às vezes o véu é levantado para mostrar rapidamente essa vida, da qual a nossa experiência atual com Ele é apenas "uma prévia da glória divina".

·      Uma vida de comunhão com Ele – Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face (1 Co 13.12). Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de velo como ele é (lJo 3.2). Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também (Jo 14.3). Contemplarão a sua face (Ap 22.4).

·      Uma vida de descanso – Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham (Ap 14.13).

·      Uma vida de total entendimento – ... agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido (1 Co 13.12).

·      Uma vida de santidade – Nela, nunca jamais penetrará cousa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro (Ap 21.27).

·      Uma vida de alegria – E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram (Ap 21.4).

·      Uma vida de serviço – Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão (Ap 22.3).

·      Uma vida de abundância – Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida (Ap 21.6).

·      Uma vida de glória – Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação (2 Co 4.17). Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória (Cl 3.4).

·      Uma vida de adoração – Depois destas cousas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus (Ap 19.1). Depois destas cousas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro [...] O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém (Ap 7.9-12).

Nenhum indivíduo redimido jamais poderia entender completamente a glória do futuro que lhe está proposto. João resumiu a glória prevista ao dizer: "Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele" (lJo 3.2). Teremos um corpo igual ao corpo de sua glória, Paulo escreve: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”. Um corpo de glória eterna. A glória da nossa esperança é que seremos transformados à Sua semelhança, sem pecado, sem morte, experimentando um perfeito desenvolvimento.

·      Contemplarão a sua face (Ap 22:4) – Somente com um corpo de glória poderemos contemplar a plenitude de Deus, pois, neste corpo mortal é impossível ver a Deus na sua essência, seríamos totalmente destruídos. Que maravilha será ver Deus face a face.

·      Serão iluminados por Deus (Ap 22:5) – Já não precisaremos de nenhuma forma de luz humana, nem da luz do sol, porque o próprio Senhor Deus brilhará sobre nós. Hoje, dependemos da luz para termos visão das coisas ao nosso redor. Mas na glória, com Deus, sua Luz iluminará a todos. Teremos visão perfeita e conhecimento acima de toda compreensão humana.

·      Reinarão pelos séculos dos séculos (Ap 22:5) – Todos juntos reinaremos com o Senhor harmonicamente para sempre. Seremos partícipes de um Reino Perfeito de Cristo.

·      Os seus servos o servirão (Ap 22:3) – Servirão ao Senhor em todos projetos futuros que serão criados por Deus. Ele continuará a realizar coisas inimagináveis, e os seus servos serão os seus ministros, em todas as suas obras futuras.

João escreve: "Seremos semelhantes a ele" (lJo 3.2). Estaremos totalmente ocupados com Aquele "que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai" (Ap 1.5-6), dando "o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos" (Ap 5.13), dizendo "O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém" (Ap 7.12), pois "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor" (Ap 5.12).
Deus será então tudo em todos, conforme está escrito em 1 Coríntios 15:28 – “Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. E para sempre continuará o eterno e perfeito estado.







DEUS ABENÇOE A TODOS.

1 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso estudo! gostei muito

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