4 de fev. de 2013

5 OS ACONTECIMENTOS PARA A IGREJA APÓS O ARREBATAMENTO





Logo após o arrebatamento da Igreja, dar-se-á na terra um tempo descrito na bíblia como sendo a GRANDE TRIBULAÇÃO. Esse será um tempo de horror para o mundo, para os que não foram arrebatados por não acolherem a Palavra de Deus.
Mas para os que foram arrebatados existem dois acontecimentos retratados nas Escrituras, de significado estatológico especial, dos quais a igreja tomará parte após o arrebatamento nos céus: as Bodas do Cordeiro e o Tribunal de Cristo.


5.1 AS BODAS DO CORDEIRO

A palavra Bodas tem o significado de celebração de casamento, festa com que se celebra casamento.
Em muitos trechos do Novo Testamento a relação entre Cristo e a igreja é revelada pelo uso de figuras do noivo e da noiva (Jo 3.29; Rm 7.4; 2 Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1-22.7). No arrebatamento da igreja, Cristo aparece como o noivo que leva a noiva consigo, para que o relacionamento que foi prometido seja consumado e os dois se tornem um. As bodas do Cordeiro constituem um acontecimento que, evidentemente, inclui Cristo e a igreja, será o casamento tão esperado de Cristo com sua Noiva, a igreja.
As bodas do Cordeiro será algo que ocorre entre o arrebatamento da igreja e a segunda vinda de Cristo. Antes do arrebatamento a igreja ainda aguarda essa união. Conforme Apocalipse 19.7, as bodas já terão ocorrido na segunda vinda, pois a declaração é : "são chegadas as bodas do Cordeiro". O tempo aoristo, êlthen, traduzido por "chegadas", significa ato concluído, mostrando que as bodas já foram consumadas quando Cristo volta na sua segunda vinda.
O local das Bodas do Cordeiro só pode ser o céu, visto que, quando o Senhor retornar, a igreja virá nos ares (Ap 19.14), as bodas devem ocorrer no céu. Nenhum outro local seria adequado a um povo celestial (Fp 3.20).

Apocalipse 19:9 – “Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus.”

Apocalipse 19:7 – “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,”

O convite para as bodas do Cordeiro.

Mateus 22:4-8 – “Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram. O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade. Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos”.


5.2 O TRIBUNAL DE CRISTO

O TRIBUNAL DE CRISTO não é um tribunal para julgamento de pecados, e sim, um Tribunal para entrega dos galardões dos santos. Nesse Tribunal haverá muita alegria, pois Deus, por ocasião das Bodas do Cordeiro, entregará os galardões de cada um conforme suas obras.

2 Coríntios 5:10 – “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”.

Romanos 14:10 – “Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus”.

1 Coríntios 3:10-15 – “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”;

1 Coríntios 4:5 – “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus”.

Apocalipse 22:12 – “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”.

Isaías 40:10 – “Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa”.

Isaías 62:11 – “Eis que o Senhor fez ouvir até às extremidades da terra estas palavras: Dizei à filha de Sião: Eis que vem o teu Salvador; vem com ele a sua recompensa, e diante dele, o seu galardão”.


5.2.1 O CARÁTER DO TRIBUNAL DE CRISTO

Em 2 Coríntios 5.10 e Romanos 14.10, é declarado que os crentes serão examinados diante do Filho de Deus. Isso é explicado com maiores detalhes em 1 Coríntios 3.10-15.
Existem duas palavras traduzidas por "tribunal" no Novo Testamento. A primeira é critërion, usada em Tiago 2.6 e em 1 Coríntios 6.2,4. Essa palavra significa "instrumento ou meio de pôr à prova ou julgar qualquer coisa; lei pela qual alguém julga" ou "local onde o julgamento é feito; tribunal de juiz; banca de juizes". Conseqüentemente a palavra se referia ao padrão ou critério pelo qual o julgamento era dispensado ou ao local onde o julgamento era realizado.
A segunda palavra é bêma, “...local elevado cujo acesso se fazia por degraus; plataforma, tribuna; usada em relação ao assento oficial de um juiz, Atos 18.2,16 ...assento de tribunal de Cristo, Romanos 14.10 [...] a estrutura, assemelhando-se a um trono, que Herodes construiu no teatro em Cesaréia e a qual ele usava para assistir aos jogos e fazer discursos ao povo.
No Novo Testamento parece significar geralmente o assento. Mas em alguns trechos significa uma plataforma na qual o assento é colocado. No Areópago o [bêma] era uma plataforma de pedra.
Nos jogos gregos de Atenas, a velha arena tinha uma plataforma elevada na qual se assentava o presidente ou juiz da arena. De lá, ele recompensava todos os competidores; e lá, ele recompensava todos os vencedores. Era chamado "benta" ou "assento de recompensa". Nunca foi usado em referência a um assento judicial.
Desse modo, associa-se a essa palavra a idéia de proeminência, dignidade, autoridade, honra e recompensa, e não a idéia de julgamento. A palavra que Paulo escolheu em referência ao local diante do qual se dará esse acontecimento deixa prever seu caráter.
Concluímos então que o TRIBUNAL referido para esta ocasião tanto em 2 Co 5.10 e Rm 14.10 o “BÊMA”, é um tribunal para recompensar a Igreja, a distribuição dos galardões, segundo as obras de cada um. Não haverá julgamento de condenação, mas uma grande celebração e alegria para a igreja do Senhor.


5.2.2 A OCASIÃO DO BÊMA (TRIBUNAL) DE CRISTO.

O acontecimento aqui descrito ocorre imediatamente após o arrebatamento da igreja para fora da esfera terrestre. Existem várias considerações que apóiam essa informação.

1)   Em primeiro lugar, de acordo com Lucas 14.14, recompensa está associada à ressurreição. Visto que, de acordo com 1 Tessalonicenses 4.13-17, a ressurreição é parte fundamental do arrebatamento, o galardão deve ser parte desse plano.
2)   Em 1 Coríntios 4.5, em 2 Timóteo 4.8 e em Apocalipse 22.12, o galardão está associado com "aquele Dia", quer dizer, o Dia em que Ele vier para os Seus (arrebatamento). Desse modo, devemos notar que o galardão da igreja acontecerá logo após o momento em que Cristo arrebatar a sua igreja. Será entre o arrebatamento e a revelação de Cristo à terra, a segunda vinda de Cristo.


5.2.3 O LUGAR DO BÊMA (TRIBUNAL) DE CRISTO.

Não é preciso destacar que esse exame deve realizar-se na esfera das regiões celestes.
Em 1 Tessalonicenses 4.17 diz que seremos "arrebatados [...] entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares". Visto que o bema (tribunal de Cristo) segue o arrebatamento, os "ares" devem ser o seu palco. Isso também é apoiado por 2 Coríntios 5.1-8, em que Paulo descreve os acontecimentos que ocorrem quando o crente "deixar o corpo e habitar com o Senhor". Desse modo, isso deve acontecer na presença do Senhor na esfera dos "lugares celestiais".


5.2.4 O JUIZ NO BÊMA (TRIBUNAL) DE CRISTO.

Em 2 Coríntios 5.10 deixa claro que esse exame é conduzido diante da presença do Filho de Deus. João 5.22 declara que todo o julgamento foi confiado às mãos do Filho. O fato de esse mesmo acontecimento ser citado em Romanos 14.10 como "o tribunal de Deus" mostraria que Deus confiou o julgamento às mãos do Filho também.


5.2.5 OS PARTICIPANTES DO BÊMA (TRIBUNAL) DE CRISTO.

Pouca dúvida deve haver de que o bêma de Cristo está relacionado apenas aos verdadeiros adoradores. O pronome pessoal na primeira pessoa ocorre com tão grande freqüência em 2 Coríntios 5.1-19, que não pode ser desprezado. Apenas o crente poderia ter "uma casa não feitas por mãos, eterna, nos céus". Apenas um crente poderia experimentar "mortalidade [...] absorvido pela vida". Apenas um crente poderia experimentar o trabalho de Deus, "que nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito". Apenas um crente poderia ter a confiança de que, "enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor". Apenas um crente poderia andar "por fé, e não pelo que vemos". Sem dúvida nenhuma em toda Palavra de Deus se faz menção a Igreja como galardoada por Cristo.


5.2.6 A BASE DA AVALIAÇÃO NO BÊMA (TRIBUNAL) DE CRISTO.

Devemos observar mais uma vez de forma cuidadosa que a questão aqui não é verificar se o julgado é ou não o crente. A questão da salvação não está sendo considerada. A salvação ofertada ao adorador em Cristo livrou-o perfeitamente de todo o julgamento (Rm 8.1; Jo 5.24; l Jo 4.17).
Trazer o crente (o que verdadeiramente tem compromisso com Deus) para o julgamento dos pecados é negar a eficácia da morte de Cristo e anular a promessa de Deus de que: "também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre" (Hb 10.17).
Um santo nunca mais será julgado pelas suas iniqüidades, pois já está legalmente morto com Cristo, e não é mais conhecido ou tratado com base nos seus pecados. Antes ele estava sob condenação de uma herança maldita pelo pecado; mas sua culpa foi eliminada pelo sangue de seu Redentor, e ele é perdoado e livre justamente por causa de Seu Salvador, é justificado pela fé, e é apresentado perante Deus como nova criatura; e, de sua nova condição de aceito não poderá entrar em juízo.

João 5:24 – “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.

Romanos 8:1 – “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.

1 João 4:17 – “Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo”.

Romanos 8:33-34 – “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”.

O Tribunal de Cristo está relacionado com as recompensas e retribuições dos galardões que o verdadeiro crente receberá da parte de Deus. Essa distribuição de galardões será feita pelo próprio Cristo de acordo com o que cada um fez, de acordo com suas obras na terra.

2 Coríntios 5:10 – “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”.

A palavra traduzida por "compareçamos" aqui poderia ser mais bem traduzida por "sejamos manifestos", de modo que o versículo diria: "Porque importa que todos sejamos manifestos". Isso implica que o propósito do bëma é fazer uma manifestação pública, demonstração ou revelação do caráter e das motivações essenciais do indivíduo. As obras dos crentes são julgadas, chamadas "o [...] que tiver feito por meio do corpo", a fim de que possa ser apurado se são boas ou más.
Com respeito à palavra “mal” (phaulos), devemos observar que Paulo não usa as palavras comuns correspondentes a mal (kakos ou ponêras), que significam o que é ética ou moralmente maléfico, mas, sim, a palavra significa: ... maldade sob outro aspecto, não o de maldade ativa ou passiva, mas de inutilidade, de impossibilidade de gerar qualquer bem [...] Essa noção de inutilidade ou desvalor é a noção central.
Desse modo o julgamento não determina o que é eticamente bom ou mau, mas, pelo contrário, o que é aceitável e o que não tem valor. O propósito do Senhor não é punir seus filhos pelos pecados, mas recompensar seu serviço pelas coisas feitas em nome do Senhor.
Em:

1 Coríntios 3:10-15 – “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”;

Vemos que o Senhor manifestará também toda obra realizada em seu nome, todos os ministérios que foram edificados sobre o fundamento.
Nos versículos 14,15 declara que esse exame terá duplo resultado: um galardão recebido e outro perdido.
O que determina se a obra de alguém recebe ou perde um galardão é a prova pelo fogo, pois Paulo escreve: "Manifesta se tornará a obra de cada um [a mesma palavra usada em 2 Coríntios 5.10]; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará" (1 Co 3.13).
Além disso, vemos que o exame não é um julgamento baseado em observação externa; pelo contrário, é um teste que apura o caráter e a motivação interna. Todo o propósito de uma prova pelo fogo é identificar o que é destrutível e o que é indestrutível.
O apóstolo afirma que existem duas classes de materiais com que os "cooperadores de Deus" podem construir o edifício cujo alicerce já foi estabelecido. Ouro, prata, pedras preciosas são materiais indestrutíveis.
Essas são as obras de Deus, das quais o homem simplesmente se apropria e usa. Por outro lado, madeira, feno e palha são materiais destrutíveis. São as obras do homem, que ele produziu com seus próprios esforços. O apóstolo revela que o exame no bema de Cristo visa a detectar o que foi feito por Deus mediante as pessoas e o que foi feito pela própria força do homem; o que foi feito para a glória de Deus e o que foi feito para a glória da carne.
Isso não pode ser concluído pela observação externa, e, portanto, a obra deve ser posta a severa prova, para que seu caráter verdadeiro seja demonstrado.
Com base nesse teste, haverá duas decisões.

1)   Haverá perda de recompensa para o que for destrutível pelo fogo: Coisas feitas na força e para a glória da carne, independentemente do ato, serão reprovadas. Paulo expressa seu medo de depender da energia da carne e não do poder do Espírito quando escreve: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1Co 9.27). Quando Paulo usa a palavra desqualificado (adokimos), ele não está expressando medo de perder sua salvação, mas de ter sua obra declarada "inútil". Para se garantir contra uma possível interpretação de que sofrer uma perda significa perder a salvação, Paulo acrescenta: "mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1 Co 3.15).
2)   Haverá recompensa para o que for indestrutível pelo fogo: Toda obra feita para glória do Nome do Senhor, visando o reino de Deus receberá da parte do Senhor galardão. Os ministérios que forem fiéis a Deus sem vacilar e guardaram com fidelidade a Palavra do Senhor serão por Ele louvado.


1 Coríntios 15:58 – “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.

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